https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/issue/feedAnais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical2024-02-15T15:08:01-08:00Contacto Principalanais@ihmt.unl.ptOpen Journal SystemsOs Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical publicam artigos originais nos domínios da medicina tropical, saúde pública e internacional, ciências biomédicas e afinshttps://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/458Leishmanioses: avanços científicos no controlo, diagnóstico e epidemiologia moleculares no contexto dos países de língua oficial Portuguesa2024-02-07T15:35:15-08:00Isabel Maurícioisabel.mauricio@ihmt.unl.pt<div> <div>As leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas causadas por parasitas protozoários do género Leishmania. Embora as estratégias e esforços de controle tenham contribuído para a redução da sua prevalência e impacto, até 1 milhão de casos ainda ocorrem por ano, e a leishmaniose visceral ainda mata até 90 000 pessoas anualmente. Alguns importantes avanços no controle da leishmaniose são apresentados e discutidos</div> <div>nesta revisão, com foco nos países de língua portuguesa.</div> <div>Compara-se a situação epidemiológica da leishmaniose humana em Portugal e no Brasil e analisam-se casos notificados noutros países. Os métodos de diagnóstico são revistos de forma breve e genómica e sistemas de aprendizagem de máquina (“machine learning”) são discutidos juntamente com a necessidade de algoritmos validados. O desenvolvimento de medicamentos e vacinas é discutido, incluindo o potencial para vacinas terapêuticas e de RNA. O advento da epidemiologia genómica é analisado, inclusivamente na redefinição da taxonomia de Leishmania, assim como o uso de ferramentas moleculares para identificação de potenciais reservatórios.</div> <div>Por fim, aborda-se os primeiros passos no desenvolvimento da medicina de precisão. Em conclusão, embora tenha havido avanços importantes no controle da leishmaniose, ainda permanecem desafios significativos, que podem ser efetivamente superados com o aumento do investimento e um maior compromisso político.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/450Medicina tropical e desenvolvimento sustentável2024-02-07T15:36:16-08:00Paula Fortunatono@no.noPaulo Ferrinhono@no.noFilomeno Fortesno@no.no<p>.</p>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/451A Medicina tropical e o desenvolvimento sustentável: reflexões sobre a evolução do pensamento biomédico e os desafios atuais do mundo globalizado2024-02-07T15:36:09-08:00Fernando Passos Cupertino de Barrosno@no.no<div> <div>O ensaio aborda as relações entre a Medicina Tropical e o desenvolvimento sustentável e apresenta reflexões sobre a evolução do pensamento biomédico face aos desafios do mundo globalizado. Analisa, de forma crítica, as desigualdades em saúde, evidenciadas nomeadamente no curso da pandemia da COVID-19, bem como a situação das doenças tropicais negligenciadas e as ações empreendidas globalmente para o seu enfrentamento. Destaca, ainda, a importância da articulação pragmática entre saúde humana, saúde animal e saúde ambiental (One Health); a necessidade de reformulação do pensamento sanitário na formação da força de trabalho; a adoção de um modelo assistencial que permita aos sistemas de saúde responder, de forma adequada, às necessidades atuais das populações. Por fim, aponta para a necessidade de se buscar o desenvolvimento sustentável sem a exploração dos mais fracos, e com a firme disposição não só de superar as doenças ditas negligenciadas, mas, também e principalmente, de criar condições para o estabelecimento de uma nova ordem mundial sob o primado da ética e da solidariedade entre povos e nações.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/452Desigualdades no acesso ao teste de diagnóstico à COVID-19 - Um estudo de coorte para as crianças da Amadora, Área Metropolitana de Lisboa, Portugal2024-02-07T15:36:01-08:00Iolanda B. Alvesno@no.noSofia Carmesimno@no.noAntónio C. Silvano@no.noMaria do Rosário O. Martinsno@no.no<div> <div>Introdução: A literatura científica sugere que as crianças imigrantes frequentemente enfrentam um maior número de barreiras no acesso aos cuidados de saúde do que as não imigrantes. No entanto, sabe-se pouco sobre o acesso aos cuidados de saúde das crianças imigrantes no contexto da pandemia de COVID-19 em Portugal.</div> <br> <div>Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a imigração como determinante do acesso ao teste à COVID-19 em crianças residentes na Amadora, Área Metropolitana de Lisboa, Portugal.</div> <br> <div>Métodos: Este é um estudo de coorte que incluiu 420 crianças com 6/7 anos de idade, utentes das unidades funcionais de cuidados de saúde primários da Amadora (52% imigrantes; 48% não imigrantes). Os dados foram recolhidos através de questionários e as notificações de casos confirmados de COVID-19 foram extraídas do sistema nacional de vigilância laboratorial para COVID-19 (SINAVE Lab), entre março de 2020 e junho de 2022. Calculou-se a percentagem de crianças que realizou pelo menos um teste e a mediana do número de testes realizados, desagregando por imigrante e não imigrante. Usaram-se testes paramétricos e não paramétricos para comparar grupos. Para analisar os determinantes da realização do teste foram estima- dos modelos de regressão de Poisson e Poisson Robusto.</div> <br> <div>Resultados: Foram realizados 355 testes à COVID-19 e 84,8% realizaram pelo menos um teste. Crianças imigrantes tiveram menor taxa de testagem (75,1% vs. 95,1%) e realizaram menos testes por criança (2 vs. 3). Ajustando a outros fatores, as crianças imigrantes tiveram uma probabilidade 18% inferior de ter realizado pelo menos um teste (PR = 0,82, IC 95%: 0,75-0,90; p < 0,001), e efetuaram 27% menos testes em comparação com as não imigrantes (RR = 0,77, IC 95%: 0,68-0,88). Outros fatores associados incluem o sexo do cuidador, estrutura familiar, seguro de saúde e perceção do cuidador do estado de saúde da criança.</div> <br> <div>Conclusão: Os resultados revelam que as crianças imigrantes residentes na Amadora enfrentaram barreiras acrescidas no acesso e realização dos testes à COVID-19 durante o período da pandemia.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/453Diversidade genómica e perfil de resistência dos isolados clínicos de Mycobacterium avium circulantes em Portugal entre 2018 e 20222024-02-15T15:08:01-08:00Joana Rodriguesno@no.noIrene Rodriguesno@no.noSofia Carneirono@no.noSónia Silvano@no.noAndrea Santosno@no.noRita Macedono@no.no<div> <div>Introdução: Nos últimos anos, infeções oportunistas por micobactérias não tuberculosas (MNT), têm ganho uma importância crescente na saúde pública, sendo a espécie Mycobacterium avium, a principal responsável pelo aumento de casos de doença humana. Estas infeções manifestam-se principalmente a nível respiratório podendo também ocorrer, sobretudo em indivíduos imunocomprometidos, infeção disseminada. Atualmente, o modo de transmissão não está estabelecido, contudo, a exposição ambiental é considerada a principal fonte de infeção. Assim, é essencial a realização de estudos epidemiológicos para identificar possíveis focos de infeção e, deste modo, melhorar os métodos de vigilância, prevenção e controlo da doença.</div> <br> <div>Objetivo: Avaliação da diversidade genómica e perfil de resistência de isolados clínicos de Mycobacterium avium circulantes em Portugal entre 2018 e 2022.</div> <br> <div>Métodos: Um conjunto de 42 estirpes de M. avium, isoladas entre 2018 e 2022, no Laboratório Nacional de Referência para Micobactérias (LNR-TB) do INSA, foi caracterizado quanto à sua diversidade genómica através da metodologia de tipagem molecular MIRU-VNTR. Adicionalmente, foram realizados testes de suscetibilidade fenotípica à claritromicina, moxifloxacina e linezolide em 40 (95%) estirpes e de suscetibilidade molecular por pesquisa de mutações nos genes 16S rRNA (rrs) e 23S rRNA (rrl), associados a resistência a aminoglicosídeos (AG) e macrólidos, respetivamente.</div> <br> <div>Resultados: Os testes de suscetibilidade fenotípica indicaram que 98% (39) das estirpes foram suscetíveis à claritromicina, enquanto apenas 25% (n=10) e 27,5% (n=11) foram suscetíveis ao linezolide e moxifloxacina. Verificou-se uma elevada correlação entre os resultados de testes de suscetibilidade fenotípica e genotípica relativamente aos macrólidos. A genotipagem por MIRU-VNTR revelou uma grande diversidade genética entre as estirpes. Usando threshold de 1 locus e 2 loci de permissão de diferença entre as estirpes, observou-se o agrupamento de dois clusters moleculares e 37 singletons e oito clusters e 20 singletons, respetivamente. No global, a metodologia MIRU-VNTR obteve um índice discriminatório de 0.9988.</div> <br> <div>Conclusão: Embora tenham sido detetados clusters mo- leculares, a análise dos perfis MIRU-VNTR é insuficiente para estabelecer relações epidemiológicas concretas. Para além dos dados demográficos dos doentes são necessários dados clínicos, o que pode requerer a ponderação de um sistema de notificação obrigatória para uma vigilância laboratorial da doença por M. avium mais assertiva.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/454Doenças negligenciadas nos países de língua portuguesa, uma análise da hanseníase segundo o estudo Carga Global de Doenças, 1990 a 20192024-02-07T15:35:45-08:00Deborah Carvalho Maltano@no.noMaria do Rosário O. Martinsno@no.noRenato Azeredo Teixeirano@no.noMarcelo U. Ferreirano@no.noMohsen Nagavino@no.no<div> <div>Introdução: A hanseníase persiste como problema de saúde pública na maioria nos países da Comunidade de Língua Portuguesa.</div> <br> <div>Objetivo: Analisar as séries temporais de incidência, prevalência e anos de vida pedidos segundo incapacidades (YLD) associados à hanseníase na população dos países CPLP, além de comparar o desempenho dos países segundo índices sociodemográficos, utilizando dados do estudo Carga Global de Doenças (GBD) entre 1990 e 2019.</div> <br> <div>Métodos: Estudo de series temporais utilizando dados do GBD referentes a Hanseníase no período de 1990 a 2019.</div> <br> <div>Analisou-se: prevalência, incidência e YLD, comparando as taxas e o percentual de mudança entre 1990 e 2019, entre os paises de língua portuguesa. Apresentam-se ainda as tendências entre 1990 e 2019. Testou-se a correlação entre YLD e o Indice Demografico e Social (SDI), que variam entre 0 a 1, sendo 0 o pior escore e 1 o melhor. A correlação foi calculada empregando-se a regressão linear simples.</div> <br> <div>Resultados: A taxa de incidência foi mais elevada em Moçambique (13,1/100.000 hab), seguida do Timor Leste, Guiné Equatorial, Angola e Brasil havendo um declínio da taxa de incidência em todos os países, o menor declínio ocorreu no Brasil (-26,9%). As taxas de prevalência também reduziram no período estudado. Portugual não teve novos casos, nem casos prevalentes. Quanto aos anos perdidos por incapacidades, todos os países apresentaram taxas altas em 1990 destacando-se Guiné Equatorial (7,5/100.000 hab), que teve o maior declínio (-97,1%), seguido de Moçambique (6,2/100.000 hab.). Todos os países apresentaram declínio no período de 1990 a 2019, o Brasil apresentou o menor (-7,8%). A correlação entre SDI e YLD foi negativa (R= - 0,68 p< 0,0001), ou seja, à medida que aumentou o SDI, reduziram-se as taxas de incapacidade.</div> <br> <div>Conclusão: A hanseníase constitui-se em um grande desafio de Saúde Pública na maior parte dos países do CPLP e está fortemente associado à pobreza e à desigualdade social. Embora tenham ocorridos avanços, com redução de prevalência, incidência e incapacidades, a hanseníase exige prioridade e intervenções apropriadas. Os dados do GBD podem apoiar o diagnóstico de situação e a comparação entre os países.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/455Perfil epidemiológico, comportamental e molecular de indivíduos recém-diagnosticados com VIH-1 em Cabo Verde2024-02-07T15:35:38-08:00Silvânia da Veiga Lealno@no.noIsabel Inês de Pina Araújono@no.noVictor Pimentelno@no.noRicardo Parreirano@no.noPaloma Gonçalvesno@no.noMarta Pingarilhono@no.noNuno Taveirano@no.noAna Barroso Abecasisno@no.no<div> <div>Introdução: O diagnóstico de VIH com Mutações de Resistência Transmitida (TDR) limita a opção terapêuticas e consequentemente dificulta a gestão de casos VIH-1.</div> <br> <div>Objetivo: Este artigo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico molecular e de TDR em indivíduos com diagnóstico recente de VIH-1, no período de 2018 a 2020.</div> <br> <div>Materiais e métodos: O gene pol VIH-1 foi amplificado e sequenciado pelo método Sanger. A análise da sequência genómica foi realizada utilizando a ferramenta de Stanford Calibrated Population Resistance para detetar mutações de resistência transmitida, e os níveis de resistência aos diferentes fármacos foram analisados com base no algoritmo Stanford HIVdb Program. Os dados epidemiológicos e comportamentais foram obtidos através de questionários.</div> <br> <div>Resultados: Dos 176 participantes com VIH-1 diagnosticados de novo, 52,3% eram do sexo masculino e 47,2% feminino, e a maioria pertencia à faixa etária dos 35 a 64 anos. O contacto heterossexual foi o modo de transmissão reportado na maioria dos casos (92,6 %). 73 sequências foram genotipadas com sucesso. O CRF02_AG (41%) foi o subtipo mais prevalente seguido por subtipo G (37%) e B (10%). TDR foi de 9,6% (n=7). A prevalência de mutações de resistência aos Inibidores Nucleósideos da Transcriptase Reversa foi de 2.75% e as associadas aos Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa foi de 9.6% (n=7). K103N (5.5%) e M184V (2.7%) foram as mutações mais prevalentes. A maioria das mutações foram detetadas em estirpes do CFR02_AG (57.1%).</div> <br> <div>Conclusão: A elevada resistência aos Não Nucleósidos da Transcriptase Reversa (NNRTIs) pode comprometer a eficácia dos regimes terapêuticos atuais no país, destacando a necessidade de considerar o uso de um inibidor da integrase, como o Dolutegravir, como opção de primeira linha de tratamento, além de uma vigilância contínua para garantir sua eficácia e durabilidade.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/456Testes Point-of-Care, perspetiva da medicina laboratorial2024-02-15T15:06:45-08:00Ana Paula Azevedoapazevedo@chlo.min-saude.pt<div> <div>Um dos métodos mais eficazes no diagnóstico rápido em cuidados de saúde são os dispositivos Point-of-Care (POCT), cujo potencial tem vindo a ser altamente explorado em termos de segurança e qualidade, com vista a um melhor desempenho e aplicabilidade, sobretudo ao nível da prevenção, diagnóstico, tratamento e monitorização dos doentes.</div> <div>São vários os tipos de dispositivos existentes, com distintos níveis de complexidade e portabilidade, inseridos em diversas áreas e baseados em metodologias e procedimentos diferentes, permitindo a análise de inúmeros parâmetros.</div> <div>Os POCT permitem analisar produtos biológicos de fácil obtenção e são de grande utilidade em situações de emergência, em consultórios médicos e em zonas geográficas remotas, pobres e de difícil acesso, com recursos médicos limitados.</div> <div>Embora mais dispendiosos, estão associados a uma racionalização dos cuidados de saúde, permitindo a obtenção de resultados em tempo real, à cabeceira do doente e de forma imediata, diminuição no tempo de decisão terapêutica e melhoria dos cuidados prestados. No entanto, a sua utilização também está associada a riscos, comprometendo por vezes o seu desempenho, a qualidade dos resultados obtidos e a segurança do doente.</div> <div>Os POCT estão sujeitos a avaliação e aprovação nos diferentes países, de forma a garantir o cumprimento da regulamentação e das normas de segurança e a certificar a qualidade dos resultados. O laboratório assume um papel preponderante na sua seleção, feita com base no desempenho e nas necessidades clínicas, sendo fundamental a organização dos planos de formação contínua dos seus utilizadores, o seguimento dos protocolos instituídos e a participação em Programas de Avaliação Externa da Qualidade.</div> <div>Idealmente os POCT deverão contribuir para uma medicina personalizada e para a deteção e diagnóstico mais precoces das doenças, não pretendendo substituir os testes laborato-riais complexos e especializados efetuados nos laboratórios centrais, mas sim complementá-los.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/457Diagnóstico molecular rápido em ambulatório2024-02-07T15:35:23-08:00Yulia Smalno@no.no<div> <div>A tecnologia em Ponto de Cuidado (POCT) revolucionou o diagnóstico clínico com testes mais rápidos e eficientes.</div> <div>O avanço do teste molecular em POCT (mPOCT) combina a agilidade do POCT com a precisão da biologia molecular, permitindo diagnósticos precisos e eficazes. A biologia molecular amplia o espectro de diagnósticos, abrangendo desde infeções respiratórias até doenças genéticas. Os testes de biologia molecular, como a PCR (Polymerase Chain Reaction), são essenciais para o diagnóstico rápido e sensível de doenças infecciosas. A evolução de PCR em POCT evidencia sua relevância para ambientes com acesso limitado a laboratórios mais complexos e equipados. Contudo, a eficácia do mPOCT ainda exige formação adequada e seleção criteriosa dos sistemas, visando a simplicidade, robustez e clareza na interpretação dos resultados. Alem disso os patógenos comuns para países em desenvolvimento precisam de ter maior representação nos mPOCT. As tecnologias de diagnóstico mPOC buscam ser acessíveis, simples e portáteis.</div> <div>Este artigo faz uma revisão breve de aspetos tecnológicos que aproximam cada vez mais o diagnóstico laboratorial de referência ao paciente. Começando pelas tecnologias tradicionais como PCR que em tempos revolucionou diagnóstico molecular permitindo a deteção e análise quantitativa em tempo real discutem-se agora as tecnologias que estão a mudar mPOCT moderno. Assim, a PCR digital oferece quantificação absoluta de genes-alvo. Inovações em primers e sondas otimizam a precisão do diagnóstico molecular. A eficácia e custo dos testes moleculares são influenciados pela escolha do detetor, com sensores eletroquímicos surgindo como opção promissora de baixo custo para ambientes com recursos limitados. Técnicas de amplificação isotérmica permitiram baixar as exigências energéticas e restrições de armazenamento de reagentes que são aspetos críticos de POCT. A nanotecnologia potencializa diagnósticos moleculares em relação à qualidade dos resultados e miniaturização. Sistemas microfluídicos compactam várias funções em dispositivos minúsculos permitindo a automação que por sua vez reduz significativamente os erros de utilizador nos testes. Microarrays detectam múltiplos ácidos nucleicos e anticorpos ao mesmo tempo permitindo paneis diagnósticos sintomáticos. Sequenciações de nova e terceira gerações têm potencial completamente substituir todas as outras tecnologias de mPOCT no futuro e já são fundamentais para diagnósticos e rastreamento de epidemias.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/465Progressos no Diagnóstico das Síndromes Febris em Adultos nas Regiões Tropicais2024-02-07T15:34:23-08:00Nuno Marquesno@no.noJorge Seixasno@no.no<div> <div>Introdução: As síndromes febris em adultos que vivem em regiões de clima tropical e/ou subtropical representam um desafio significativo para a prática clínica e para a saúde pública devido à sua diversidade etiológica infecciosa e não infecciosa, bem como à falta de recursos diagnósticos eficazes. Além disso, muitas destas doenças febris tropicais têm sintomas semelhantes, o que dificulta ainda mais a identificação do agente etiológico.</div> <br> <div>Objectivo, material e métodos: Este ensaio visa fornecer uma visão abrangente dos progressos recentes no diagnóstico das síndromes febris em adultos nas regiões tropicais, destacando os avanços em testes laboratoriais, métodos de diagnóstico por imagem e estratégias clínicas.</div> <br> <div>Resultados e conclusão: As várias estratégias de avaliação e diagnóstico diferencial das síndromes febris particularmente em zonas endémicas de malária têm contribuído para um diagnóstico mais rápido, preciso e eficaz, permitindo o tratamento oportuno e a prevenção de complicações. No entanto, ainda persistem desafios, e a investigação contínua é necessária para enfrentar as crescentes ameaças à saúde pública nessas regiões.</div> </div>2024-01-31T00:00:00-08:00##submission.copyrightStatement##