TY - JOUR AU - Ricardo Manuel Soares Parreira AU - Jorge Luís Marques da Silva de Atouguia AU - Carla Alexandra Sousa PY - 2018/09/08 Y2 - 2024/03/29 TI - Uma nova ameaça à nossa porta: consequências da dispersão do vírus da dengue num mundo em constante mudança JF - Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical JA - ihmt VL - 12 IS - 0 SE - Artigos Originais DO - 10.25761/anaisihmt.190 UR - https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/190 AB - Dos arbovírus transmitidos por mosquitos, o vírus da dengue (DENV) é aquele que maior impacto exerce sobre a saúde humana. Ainda que a sua dispersão esteja, em parte, dependente das condições ambientais que determinam a dispersão do seu principal vetor (Aedes aegypti), a sua distribuição pelo planeta tem sido imparável. Embora essencialmente circunscrito a ambientes tropicais e subtropicais, este vírus afeta cerca de 1/3 da população mundial. A inexistência de uma vacina eficaz ou de terapêutica especificamente dirigida contra este vírus tornam o controlo dos seus principais vetores a principal arma de que dispomos para limitar a sua circulação. No entanto, a maioria das infeções são inaparentes e a maior parte das manifestações clínicas são indistintas, sendo genericamente englobadas na categoria das síndromes febris. Assim, a presença deste vírus nem sempre é fácil de detetar. Adicionalmente, o estabelecimento de populações vetoriais em ambientes urbanos abre oportunidade à aproximação entre vírus e humanos, e ao estabelecimento de epidemias em locais, a priori, pouco prováveis para que tal acontecesse. O surto de dengue na Madeira em 2012-2013 foi disso exemplo. Mais do que o impacto na saúde e economia locais, esta situação veio revelar o quão difícil é o controlo de circulação de arvobírus patogénicos, numa Europa parcialmente colonizada por outro dos seus principais vetores (Ae. albopictus) se poderá revelar. ER -