https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/issue/feedAnais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical2024-11-04T14:20:20-08:00Contacto Principalanais@ihmt.unl.ptOpen Journal SystemsOs Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical publicam artigos originais nos domínios da medicina tropical, saúde pública e internacional, ciências biomédicas e afinshttps://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/504Virgílio do Rosário: partilhar a Arte e a Ciência2024-10-04T16:06:21-07:00Paula Fortunatono@no.no<p>.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/493Trabalho em rede, formação, investigação translacional e avaliação em saúde2024-10-04T16:07:18-07:00Paula Fortunatono@no.noPaulo Ferrinhono@no.noFilomeno Fortesno@no.no<p>.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/494O Paludismo em Cabo Verde: o percurso para a eliminação da doença2024-10-04T16:07:13-07:00Artur Correiano@no.noAntónio Moreirano@no.noCarolina Leiteno@no.no<p> I. Introdução e objetivos: O paludismo é um desafio de saúde global e continua a ser uma das doenças infeciosas mais prevalentes em muitas partes do mundo, com destaque para o continente africano. Cabo Verde tem feito um percurso positivo no combate à doença, tendo conseguido, em janeiro de 2024, o estatuto de “país livre do paludismo”. Persiste o desafio da vigilância epidemiológica e entomológica, para a prevenção da reintrodução da doença. Os objetivos desta nota histórica são dar a conhecer os aspetos históricos da luta contra a doença no país; os fatores influenciadores da dinâmica de transmissão, com destaque para os casos importados; as medidas de prevenção e controlo adotadas até ao momento da certificação do país como “livre do paludismo”, pela OMS; os principais ganhos da luta contra o paludismo no país e os desafios a serem enfrentados, para evitar a reintrodução da doença.</p> <div> <div>II. Materiais e métodos: Esta nota histórica baseou-se na análise documental, na aplicação de entrevistas e de grupos focais, com os atores principais, para a recolha de dados. Para análise de dados, utilizou-se a análise de conteúdo e a “Análise Focal Estratégica”, no caso dos grupos focais, a partir da ferramenta de gestão organizacional S.W.O.T. III. Resultados: A Luta Contra o Paludismo em Cabo Verde ganhou um grande impulso, ainda no período colonial, tendo o vetor sido eliminado de várias ilhas, com a consequente diminuição da carga da doença.</div> <div>Destacam-se três períodos de interrupção da transmissão (1967 a 1972; 1983 a 1985 e 2018 à presente data). Atualmente, o país apresenta vários ganhos no combate à doença, foi certificado, pela OMS, como “livre do paludismo” e está a implementar um Plano de Prevenção da Reintrodução da doença.</div> <div>IV. Conclusão: CaboVerde enfrentou várias etapas na luta contra o paludismo até chegar à eliminação e certificação como “país livre do paludismo”. O sistema de vigilância é resiliente e funcional, centrado na gestão dos casos importados e na vigilância e controlo do mosquito vetor. A qualidade do diagnóstico está garantida e existe um plano de Prevenção da Reintrodução da doença em implementação.</div> </div>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/495Construindo uma Rede Lusófona de Biobancos e Coleções Biológicas: oportunidades na ciência e contribuição para uma saúde global2024-10-04T16:07:08-07:00Ana Paula Arezno@no.noIsabel Coutono@no.noSilvana Belono@no.no<p> Os Biobancos e as Coleções Biológicas são infraestruturas fundamentais para a investigação científica e inovação, apoiando vários domínios científicos, como a preservação da biodiversidade, as ciências da alimentação ou a biotecnologia e muito particularmente a investigação biomédica. São uma fonte de recursos essenciais para a inovação e translação na Saúde Global, especialmente para o desenvolvimento de novos biomarcadores, terapias e testes de diagnóstico. Nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), existem já diversas infraestruturas instaladas e instituições com interesse na sua implementação, pretendendo-se agora lançar e dinamizar uma Rede Lusófona de Biobancos e Coleções Biológicas que integra além de membros destes países, também membros do Brasil e de Portugal. Esta rede irá promover a partilha de experiência entre infraestruturas com diferentes níveis de desenvolvimento, estratégias e programas, reforçando as oportunidades e benefícios proporcionados por uma atividade em rede.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/496Aspetos da regulação da saúde no Brasil2024-10-04T16:07:03-07:00Jorge Simõesno@no.noMarília Louvisonno@no.noAna Lígia Meirano@no.no<p> A regulação da saúde traduz-se numa intervenção estatal, que não a participação direta na atividade económica, e está relacionada com o condicionamento, coordenação e disciplina de atuações na área da saúde. No Brasil, a regulação do setor da saúde organiza-se em agências com algum grau de autonomia e no Sistema Único de Saúde (SUS) traduz-se, no essencial, na regulação do acesso e da qualidade dos serviços de saúde. Mas, os modelos e os percursos da atividade regulatória, no Brasil, decorrem da diversidade própria de uma República Federativa e, portanto, a organização regulatória tem tradução no âmbito municipal, regional, estadual e federal. O presente artigo discute esse percurso, a especificidade do modelo regulatório brasileiro e os seus desafios e analisa uma experiência de um modelo autónomo estadual, do ponto de vista da inovação produzida, bem como das dificuldades na sua implementação.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/497Avaliação da efetividade da estratégia de planificação da atenção à Saúde no Brasil - EfetivaPAS: protocolo de pesquisa2024-10-04T16:06:57-07:00Isabel Samicono@no.noEronildo Felisbertono@no.noLuciana Santos Dubeuxno@no.noAna Coelho Albuquerqueanacoelhoalbuquerque@gmail.comAna Luiza d’Ávila Vianano@no.noNelson Ibañezno@no.noAna Paula Chancharulo de Moraes Pereirano@no.noGabriella de Almeida Raschke Medeirosno@no.noSofia Guerrano@no.noSuely Arruda Vidalno@no.noPedro Marquesno@no.noTania Cristina Morais Santa Barbara Rehemno@no.noLiza Yurie Teruya Uchimurano@no.noIndira Oliveirano@no.noCamila Soares de Vasconcelosno@no.noDiogenes Ferreira dos Passosno@no.noMarina Ferreira de Medeiros Mendesno@no.no<p> Introdução: A estratégia de planificação da atenção à Saúde constitui-se em um conjunto de ações educacionais - oficinas, tutorias e treinamentos teórico-práticos - direcionados às equipas assistenciais e técnico-gerenciais de estados e municípios do Brasil. Envolve as premissas de organização de um sistema de atenção integrado, de consolidação das Redes de Atenção à Saúde e da Atenção Primária à Saúde como estruturante do Sistema Único de Saúde. Com os avanços e tempo de implantação da PAS, identificou-se a necessidade de gerar evidências acerca da efetividade desta intervenção.</p> <div> <div>Objetivo: Apresentar o protocolo da Pesquisa EfetivaPAS - Avaliação da Efetividade da Estratégia de Planificação da Atenção à Saúde.</div> <div>Materiais e métodos: Pesquisa avaliativa, de análise da efetividade, desenho quasi-experimental - ex post e de séries temporais, a partir das condições traçadoras: atenção materno-infantil e hipertensão arterial/diabetes; desenvolvida em quatro regiões de saúde do Brasil dos estados de Rondônia, Maranhão, Goiás e Distrito Federal. A modelização teórica que ancora a pesquisa contempla: modelo teórico da intervenção nas dimensões - ações educacionais, planejamento estratégico e monitoramento/avaliação; modelo de avaliação da efetividade em dois eixos de análise - processo de implantação e efeitos. A pesquisa é delineada em quatro estudos: 1. Caracterização das regiões de saúde; 2. Implantação e efetividade; 3. Efetividade: resultados organizacionais e de saúde; 4. Efetividade: ações educacionais. Adotam-se abordagens quantitativas: web surveys, entrevistas, registros de documentos, serviços e sistemas de informação; qualitativas: entrevistas em profundidade. Participantes: gestores e profissionais do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, secretarias, unidades de saúde e usuários. Resultados: A proposta metodológica alinha-se às ne- cessidades percebidas no desenvolvimento da estratégia. A modelização da intervenção e da avaliação apresentou-se como elemento facilitador para delineamento do desenho da pesquisa e estruturação em quatro estudos, em análise articulada das dimensões da implantação e efeitos. Conclusões: O cenário da pandemia da Covid-19 se refletiu na concepção e desenvolvimento da pesquisa, exigindo-se readequações e inovações. A disseminação das atividades e resultados da pesquisa conta com estratégias na perspectiva da translação do conhecimento e possibilitar apoio à tomada de decisões, melhorar processos de trabalho e conhecimento, sustentabilidade e replicabilidade da intervenção.</div> </div>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/498Capacitação de mulheres cientistas de expressão portuguesa em Saúde Tropical: o percurso da rede MulhereSTrop2024-10-04T16:06:52-07:00Isabel L. Maurícioisabel.mauricio@ihmt.unl.ptAna Domingosno@no.noAna Paula Arezno@no.noCláudia Conceiçãono@no.noIsabel Coutono@no.noMaria do Rosário Oliveira Martinsno@no.noLenea Campinono@no.no<p> A participação feminina na ciência, incluindo nas ciências biomédicas, tem vindo a aumentar, mas ainda enfrenta vários desafios. A rede MulhereSTrop, lançada em 2015, visa apoiar mulheres cientistas em países africanos de expressão portuguesa (PALOP) com atividade ligada à Saúde Tropical. A rede ofereceu já vários workshops sobre escrita de artigos científicos incentivando a sua submissão a revistas da especialidade por parte das investigadoras participantes. Através do website, a rede dá acesso a formação em escrita científica e informação sobre ciência e mulheres. A manutenção da rede MulhereSTrop a longo prazo deverá contribuir significativamente para impulsionar o avanço científico feminino nos PALOP.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/500Dupla carga de má nutrição na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: uma análise de 1990 a 20192024-11-04T14:20:20-08:00Deborah Carvalho Maltadcmalta@uol.com.brCrizian Saar Gomesno@no.noLaís Santos de Magalhães Cardosono@no.noPaulo Ferrinhono@no.noGuilherme Augusto Velosono@no.noShirlei Moreira da Costa Fariano@no.noMohsen Naghavino@no.noAlbano Vicente Lopes Ferreirano@no.noFernando Passos Cupertino de Barrosno@no.no<p> Introdução: A dupla carga de má nutrição consiste na coexistência de deficiências nutricionais e excesso de peso e obesidade, embora tenha sido observado um declínio nas deficiências nutricionais infantil, o excesso de peso e de obesidade tem aumentado em todo mundo.</p> <div> <div>Objetivo: analisar a carga de doenças atribuíveis ao Índice de Massa Corporal (IMC) elevado e às deficiências nutricionais na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de 1990 a 2019 e a associação com o índice socio-demográfico.</div> <div>Métodos: estudo com dados do Carga Global de Doenças. Foi calculado o número absoluto de óbitos, taxa de mortalidade padronizada por idade e anos perdidos por incapacidade e morte prematura atribuível ao IMC elevado e às deficiências nutricionais.</div> <div>Resultados: houve mudanças nutricionais na CPLP ao longo dos anos, apresentando a dupla carga da doença (deficiências nutricionais e excesso de peso e obesidade).Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste ainda têm números de óbitos, taxas de mortalidade e de anos perdidos por incapacidade mais elevados por desnutrição comparado com o excesso de peso e obesidade. Em Portugal e Brasil, a transição nutricional encontra-se mais avançada, e a carga de doenças devido ao IMC elevado, embora em declínio, tem maior magnitude.</div> <div>Conclusão: mudanças nutricionais ocorreram nos países da CPLP, o que impactou na carga de doenças e na mortalidade por obesidade e deficiências nutricionais. Para superar esses dois graves problemas, são necessárias políticas públicas de redução da desigualdade social e acesso à alimentação saudável para todos.</div> </div>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/499As redes sociotécnicas em avaliação em saúde e a translação do conhecimento2024-10-04T16:06:47-07:00Sydia Rosana de Araujo Oliveirasydia.oliveira@fiocruz.brVick Brito Oliveirano@no.no<p> Aplicar o conhecimento científico na prática é um desafio contínuo na área da saúde. Paralelamente, o campo da avaliação em saúde tem se concentrado em compreender em como implementar e desenvolver intervenções complexas. Neste contexto, a Teoria do Ator-Rede tem oferecido contribuições significativas para estes estudos relacionados. Este artigo objetiva apresentar elementos centrais da Teoria do Ator-Rede, refletir sobre suas contribuições para a avaliação e discutir seu papel na translação do conhecimento em ação. Ao explorar essa abordagem teórica, busca-se fornecer insights e perspectivas que possam enriquecer a prática de avaliação em saúde e promover uma implementação mais efetiva do conhecimento científico. Pautada na avaliação baseada em teoria e na emergência de avaliações de quinta geração, propõe-se a Avaliação Baseada na Teoria do Ator-Rede, para explicar e permitir investigar intervenções do campo da saúde, mapeando a sua dinâmica e acompanhando a sua trajetória. Compreende-se que essa abordagem potencializará a translação do conhecimento, apoiando os tomadores de decisão, melhorando as práticas nos serviços, e consequentemente melhorando a saúde das populações.</p>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/503Acesso a cuidados cirúrgicos cardíacos pediátricos para cardiopatias congénitas em países de baixa e média-baixa renda: uma revisão narrativa da literatura2024-10-04T16:06:26-07:00Vitor Mendesvitorcpl5@gmail.comMarina Tsishkovskano@no.noTelmo Pereirano@no.noAna Abecasisno@no.no<p> Introdução: As cardiopatias congénitas são uma das principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo. Devido ao acesso inadequado aos cuidados cardíacos cirúrgicos pediátricos, a carga destas anomalias é ainda maior nos países de renda baixa e média-baixa renda.</p> <div> <div>Objetivo: Descrever de forma abrangente o acesso aos cuidados cirúrgicos cardíacos pediátricos nos países de renda baixa e média-baixa renda, destacando as disparidades existentes e as possíveis soluções.</div> <div>Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura sobre o acesso aos cuidados cirúrgicos pediátricos para crianças com cardiopatias congénitas. Foram recolhidos dados sobre a existência de infraestruturas, força do trabalho, ajuda humanitária, modelos de financiamento, diagnóstico e intervenção percutânea. Também foram obtidos dados epidemiológicos relativos às cardiopatias congénitas em crianças com menos de 1 ano através dos dados do projeto Global Burden of Disease. Resultados: Cerca de 63% das crianças com menos de 1 ano com algum tipo de cardiopatia congénita vive em países de renda baixa e media-baixa renda.A falta de infraestruturas e recursos humanos, bem como a acessibilidade geográfica, financeira e social justificam as grandes disparidades no acesso a cuidados cirúrgicos pediátricos nas diferentes regiões do planeta. Além disso, o diagnóstico atempado é crucial para melhorar os resultados, mas é frequentemente limitado pela falta de recursos e de formação especializada. No entanto, estudos indicam que, mesmo em ambientes com recursos limitados, é possível alcançar resultados positivos nos cuidados cirúrgicos pediátricos.</div> <div>Conclusão: Este estudo revela-nos as desigualdades quanto ao acesso aos cuidados cirúrgicos pediátricos a nível global. O estatuto socioeconómico de um país relaciona-se positivamente com o acesso aos cuidados cardíacos cirúrgicos pediátricos.</div> <div>Algumas das soluções passam pela centralização de recursos, envolver os governos locais na criação de parcerias bilaterais, no aumento da proteção contra o risco financeiro e em programas de apoio externo sustentáveis.</div> </div>2024-09-19T00:00:00-07:00##submission.copyrightStatement##