Coleções científicas: questões em torno da autenticidade de objetos nos museus de ciência

  • Mafalda de Freitas Estudante; Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Autenticidade, ciências, coleções científicas, museologia

Resumo

Tradicionalmente, os museus começaram por ser descritos como “armazéns de artefactos”. De objetos originais e “autênticos” que foram sendo colecionados, estudados e preservados ao longo do tempo. Neste contexto, ainda hoje é expectável que os museus deem prioridade a objetos considerados como originais nas suas coleções. Esses elementos ‘originais’ têm muitas vezes significados muito importantes e valores económicos elevados, o que contribui para o prestígio e o caráter distintivo de um museu. Ao mesmo
tempo, tornam um local autêntico e providenciam experiências autênticas aos seus visitantes.
No entanto, obter e expor material novo e autêntico é muitas vezes um grande desafio que acaba por resultar na incorporação de artefactos artificiais e de réplicas em muitas coleções, como é o caso dos museus de ciência e de muitas coleções científicas. Na verdade, o uso de réplicas e moldes torna-se cada vez mais comum em museus de ciência por razões pedagógicas, operacionais e económicas. Será que este facto retira autenticidade ao museu e ao próprio objeto? Será que uma réplica comunica a informação da mesma forma do que um objeto autêntico? Ou que pode ser considerada como tendo o mesmo nível de autenticidade
que o objeto original do ponto de vista museológico?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

E. Hooper-Greenhill, Museums and TheirVisitors. London: Taylor & Francis, 2004.

C. Hampp and S. Schwan, “The Role of Authentic Objects in Museums of the History of Science and Technology: Findings from a visitor study,” Int. J. Sci. Educ. Part B, vol. 5, no. 2, pp. 161–181, Apr. 2015.

A.-M. Hede and M. Thyne, “A journey to the authentic: Museum visitors and their negotiation of the inauthentic,” J. Mark. Manag., vol. 26, no. 7–8, pp. 686–705, Jul. 2010.

T. Benton, “Getting Real at the Natural-History Museum,” The Chronicle of Higher Education, 2010. [Online]. Available: http://www.chronicle.com/article/Getting-Real-at-the/66061 . [Accessed: 01-Jul-2017].

S. G. Paris, Perspectives on Object-Centered Learning in Museums. Taylor & Francis, 2002.

E. P. Alexander and M. Alexander, Museums in Motion: An Introduction to the History and Functions of Museums. AltaMira Press, 2008.

L. Rieppel, “Casting Authenticity,” Extinct, 2016. [Online]. Available: http://

www.extinctblog.org/extinct/2016/1/28/casting-authenticity . [Accessed: 03-Jul-2017].

A. Dubuis, “Natural History Museum to replace Dippy the dinosaur with ‘more relevant’ blue whale,” The Evening Standard, 2015. [Online]. Available: http://www.standard.co.uk/news/london/natural-history-museum-is-replacing-109-year-old-dippy-the-dinosaur-with-more-relevant-installation-10009868.html . [Accessed: 05-Jul-2017].

T. Bawden, “Save Dippy: Natural History Museum dinosaur loses his spot,” The Independent, 2015. .

C. Hampp and S. Schwan, “The Role of Authentic Objects in Museums of the History of Science and Technology: Findings from a visitor study,” Int. J. Sci. Educ.Part B, vol. 5, no. 2, pp. 161–181, Apr. 2015.

Publicado
2019-04-22
Como Citar
1.
de Freitas M. Coleções científicas: questões em torno da autenticidade de objetos nos museus de ciência. ihmt [Internet]. 22Abr.2019 [citado 28Mar.2024];17:57-0. Available from: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/300