Avaliação da saúde da criança em serviços de atenção primária e sua integração em rede no interior do estado de São Paulo/Brasil

  • Caroline Couto Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Patrícia Sanine Doutora em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Adriano Dias Professor Doutor do Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Carolina Mendonça Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Dinair Machado Doutora em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Josiane Carrapato Doutora em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Luceime Nunes Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Nádia Placideli Doutora em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Thais Zarilli Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil
  • Elen Castanheira Professora associada do Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista (Unesp). Botucatu. Brasil

Resumo

Esse estudo tem como objetivo avaliar a organização da oferta de ações de atenção à criança em serviços de atenção primária à saúde do estado de São Paulo/Brasil e analisar a integração com a rede de atenção. Estudo transversal, descritivo, realizado entre outubro e dezembro de 2014, com uso do instrumento QualiAB. Foram avaliados 151 serviços de 40 municípios, usando indicadores selecionados segundo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. As maiores frequências referem-se a ações tradicionais, como orientação e estímulo ao aleitamento materno (108%). São menos frequentes ações como: duas testagens para sífilis (65,6%) e HIV (64,8%) durante a gestação; seguimento de infeções respiratórias na infância (56,3%) e identificação e acompanhamento de situações de violência na infância e adolescência (37,7%). Não há trabalho conjunto a partir do encaminhamento para serviços de referência. Há acesso para serviços de apoio a situações de risco e vulnerabilidade social (CRAS – 93,4%). Concluiu-se que os serviços avaliados não realizam uma atenção integral à saúde da criança e possuem limitações na integração com a rede de apoio existente. Destaca-se a necessidade de investir na qualificação do processo de trabalho e de construir espaços de diálogo e pactuação para um trabalho em rede.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Ellner AL, Phillips RS. The Coming Primary Care Revolution. J Gen Intern Med 2017 Apr;32(4):380-86.

Organização Mundial da Saúde (OMS). The world health report 2008: primary health care now more than ever. Geneva: OMS, 2008.

Starfield B, Shi L, Macinko J. Contribution of primary care to health systems and health. Milbank Q. 2005;83(3):457–502.

Lavras C. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde soc 2011 dez;20(4):867-74.

Mendes EV. A Construção Social da Atenção Primária à Saúde. Brasília: CONASS; 2015.

Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Ciênc. Saúde Colet 2010;15(5):2297-305.

Novaczyk AB, Gaiva MAM. As tecnologias inter-relacionais na assistência à criança na atenção básica: análise de documentos oficiais. Cienc Cuid Saude 2010 jul/set; 9(3):560-68.

Victora CG, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CL. Maternal and child health in Brazil: progress and challenges. Lancet 2011;377:1863–76.

Brasil. Ministério da saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da criança (PNAISC). Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento Brasília : Ministério da Saúde, 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Sanine PR, Zarili TFT, Nunes LO, Dias A, Castanheira ERL. Do preconizado à prática: oito anos de desafios para a saúde da criança em serviços de atenção primária no interior de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública 2018;34(6):e00094417

Paim JS. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva 2018;23(6):1723-28.

Vaz EMC, Collet N, Cursino EG, Forte FDS, Magalhães RKBP, Reichert APS. Coordenação do cuidado na Atenção à Saúde à(ao) criança/adolescente em condição crônica. Rev Bras Enferm 2018;71(Suppl 6):2612-19.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

Placideli N, Castanheira ERL. Atenção à saúde da pessoa idosa e ao envelhecimento em uma rede de serviços de Atenção Primária. Rev Kairós Geront 2017;20(2):247-69.

Nunes LO et al. Importância do gerenciamento local para uma atenção primária à saúde nos moldes de Alma-Ata. Rev Panam Salud Publica. 2018;42:e175.

Castanheira ERL et al. Caderno de boas práticas para organização e serviços de Atenção Básica: Critérios, padrões e indicadores, utilizados pelo Sistema QualiAB 2016. Botucatu: UNESP-FM, 2016. Disponível em: < http://www.abasica.fmb.unesp.br/doc/CADERNO.pdf>.

Sanine PR. Avaliação da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária [tese]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu; 2018.

Viellas EF et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública 2014;30(Suppl1)[Acessado 22 maio 2019]:S85-S100. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2014001300016&lng=en&nrm=iso.

Sala A, Mendes JDV. Perfil de indicadores da atenção primária à saúde no Estado de São Paulo: retrospectiva de 10 anos. Saúde Soc 2011;20:912-26.

Prezotto KH, Chaves MMN, Mathias TAF. Hospitalizações sensíveis à atenção primária em crianças, segundo grupos etários e regionais de saúde. Rev Esc Enferm USP 2015;49:44-53.

Sanine PR, Castanheira ERL, Nunes LO, Andrade MC, Nasser MA, Nemes MIB. Sífilis congênita: avaliação em serviços de Atenção Primária do estado de São Paulo, Brasil. BIS, Bol Inst Saúde 2016;17:128-37.

Araújo JP, Silva RMM, Collet N, Neves ET, Toso BRGO, Viera CS. História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas. Rev Bras Enferm 2014 nov/dez; 67(6):1000-7.

Gomes TGACB et al. Mortalidade na infância no Brasil e regiões no período de 2000 a 2011: o impacto da atenção básica. Com Ciências Saúde 2016; 27(4):259-66.

Gomes FMA, Cintra AMO, Ricas J, Vecchia MD. Saúde mental infantil na atenção primária à saúde: discursos de profissionais médicos. Saúde Soc São Paulo. 2015;24(1):244-58.

Egry EY, Apostólico MR, Morais TCP, Lisboa CCR. Enfrentar a violência infantil na Atenção Básica: como os profissionais percebem?. Rev Bras Enferm 2017 fev;70(1):119-25.

Schek G, Silva MRS, Lacharité C, Bueno MEN. Os profissionais e a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: entre os preceitos legais e conceptuais. Rev esc enferm USP 2016;50(5):779-84.

Publicado
2019-09-23
Como Citar
1.
Couto C, Sanine P, Dias A, Mendonça C, Machado D, Carrapato J, Nunes L, Placideli N, Zarilli T, Castanheira E. Avaliação da saúde da criança em serviços de atenção primária e sua integração em rede no interior do estado de São Paulo/Brasil. ihmt [Internet]. 23Set.2019 [citado 22Dez.2024];:71-0. Available from: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/322
Secção
Artigos Originais