Trinta anos do Sistema Único de Saúde brasileiro - Sustentabilidade e desafios: perceções de atores estratégicos
Resumo
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um avanço a redução das desigualdades sociais. Entretanto, a viabilidade e a sustentabilidade do SUS são questionadas. Em resposta, a OPAS/OMS realizou uma pesquisa com o
objetivo de compreender os limites e as possibilidades para a consolidação do SUS, a partir do posicionamento técnico, político e ideológico dos atores envolvidos no processo de conceção e implementação desse sistema. Desenvolveu-se um estudo qualitativo, envolvendo 86 atores, cujos dados foram obtidos por entrevistas estruturadas e comentários livres. As análises trataram do direito à saúde, integralidade da atenção, marcos legais, judicialização, relações federativas, redes de atenção à saúde, participação social, modelos de atenção, perfil da atenção primária à saúde, financiamento e relação público privada. Ficou evidenciada a necessidade de realizar mudanças no SUS. Porém, prevalece o receio sobre
os riscos de implementar transformações na estrutura e organização do sistema de saúde brasileiro, no contexto político e económico vivido pelo país no final da década de 2010. A defesa da saúde como direito,
combinada à criatividade e à capacidade de superar adversidades, transformou o SUS em um exemplo para América Latina e referência para o mundo e é preciso seguir preservando direitos e defendendo o SUS.
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