Indicadores de infecção relacionados à assistência à saúde – Estudo de uma Unidade de Terapia Intensiva em Minas Gerais, Brasil

  • Isabella Torres Mestre em Administração. Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
  • Cristina Luiza Ramos da Fonseca Doutora em administração pelo CEPEAD/Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz. Belo Horizonte – Brasil
  • Cíntia Soares Mestre em Administração. Instituto Federal de Minas Gerais, Bambuí – Brasil
  • Allan Claudius Queiroz Barbosa Pós-Doutor em administração. Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Enfermagem, Unidades de Terapia Intensiva, indicadores de qualidade, cuidados de Saúde

Resumo

Este artigo tem como objetivo avaliar mudanças na equipa de enfermagem ocorridas numa unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital público de ensino em Minas Gerais, Brasil, considerando os seus impactos nos indicadores da infeção relacionada com a assistência à saúde (IRAS) e da relacionada com os cateteres venosos centrais (CVCs). O estudo justifica-se pela importância de se estabelecer um modelo de dimensionamento da equipa de enfermagem, considerando o bem estar do paciente e os custos hospitalares. Trata-se de um estudo quantitativo com uso de estatística descritiva. Os resultados mostraram o impacto de cada mudança nos indicadores, evidenciando que o dimensionamento de um enfermeiro para cada cinco leitos de UTI, no período diurno, bem como o ingresso de profissionais por concurso público foram relevantes para as IRAS, enquanto que o estabelecimento de uma dupla de cuidados para cada três leitos foi relevante para a redução do indicador de CVCs. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Pereira FGF, Chagas ANSd, Freitas MMC, Barros LM, Caetano JA. Caracterização das infeções relacionadas à assistência à saúde em uma Unidade de Terapia Intensiva. Vigil. sanit. debate. 2016: p. 70-77.

Agency For Healthcare Research And Quality. Patient Safety Primers: Health Care–Associated Infections (oct). ; 2012.

Al-Tawfiq JA, Tambiah PA. Healthcare Associated Infections (Hai) Perspectives. Journal Infect Public Health. 2014; 7(4): p. 339-44.

World Health Organizations. WHO Guidelines On Hand Hygiene In Health Care. In Organizations WH. First Global Patient Safety Challenge Clean Care Is Safer Care.; 2009.

Nogueira JC, Padoveze MC, Lacerda RA. Governmental Surveillance System Of Healthcare-Associated Infection In Brazil. Revista Escola Enfermagem Usp. 2014; 48(4): p. 657-62.

Dorfey ES. Representações sociais das infeções relacionadas À Assistência À Saúde Por Profissionais De Saúde Que Trabalham Em Unidades De Terapia Intensiva. 2014.

Araújo MMT, Silva MJP, Puggina ACG. A comunicação não-verbal enquanto fator iatrogênico. Rev. esc. enferm. USP. 2007 Setembro: p. 419-25.

Hespanhol LAB, Ramos SCdS, Ribeiro Júnior OC, Araújo TS, Martins AB. Infección relacionada con la asistencia a la salud en unidad de cuidados intensivos adulto. Enfermería Global. 2019 janeiro; 18(53): p. 215-228.

World Health Organizations. Report Of The Burden Of Endemic Health Care-Associated Infection Worldwide: Clean Care Is Safer Care Geneva: World Health Organizations; 2011.

Leiser JJ, Tognim MCB, Bedendo J. Infeções hospitalares em um centro de terapia intensiva de um hospital de ensino no norte do Paraná. Ciência, Cuidado E Saúde. 2007; 6(2): p. 181-186.

Conley SB, Buckley P, Magarace L, Hsieh C, Pedulla LV. Standardizing best nursing practice for implanted ports - applying evidence-based professional guidelines to prevent central line-associated bloodstream infections. Journal of Infusion Nursing. 2017 May/June; 40(3): p. 165-174.

Sousa FC, Pereira JC, Rezende DA, Laura C. Avaliação dos cuidados de enfermagem com o cateter venoso central em uma unidade de terapia intensiva adulto e pediátrica. Revista de Administração em Saúde. 2018; 18(70).

Perin DC, Erdmann AL, Higashi GDC, Dal Sasso GTM. Evidências de cuidado para prevenção de infeção de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central: revisão sistemática sem metanálise. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2016 setembro; 24: p. 1-10.

Rezer F, Faustino WR. Nurses’ knowledge of intensive care unit on central venous catheter dressing. Revista de Prevenção de Infeção e Saúde. 2019; 5: p. 1-12.

Ferreira CP,QDL,CMM, de Almeida VS, Andrade M, Leite HC. A utilização de cateteres venosos centrais de inserção periférica na Unidade Intensiva Neonatal. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2020; 22: p. 1-8.

Azevedo CS, Sá MC, Cunha M, Matta GC, Miranda L, Grabois V. Racionalização e Construção de Sentido na Gestão do Cuidado: uma experiência de mudança em um hospital do SUS. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2017; 22: p. 1991-2002.

Novaretti MC, Santos EV, Quitério LM, Daud-Gallotti RM. Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI. Revista Brasileira de Enfermagem. 2014: p. 692-699.

Edwards JR, Peterson KD, Mu Y, Banerjee S, Allen-Bridson K, Morrell G, et al. National Healthcar Safety Network (Nhsn) Report: Data Summary For 2006 Through 2008, Issued December 2009. Am J Infect Control. 2009; 37(10): p. 783-805.

Starling CE, Couto BR, Pinheiro SM. Applying the centers for disease control and prevention and national nosocomial surveillance system methods in Brazilian hospitals. American journal of infection control. 1997; 25(4): p. 303-311.

Ortega RMM, Pendás LCT, Ortega MM, Abreu AP, Cánovas AM. El coeficiente de correlación de los rangos de Spearman caracterización. Revista Habanera de Ciencias Médicas. 2009 abr.-jun; 8(2).

Aiken LH, Clarke SP, Cheung RB, Sloane DM, Silber JH. Educational levels of hospital nurses and surgical patient mortality. Journal of American Medical Association (JAMA). 2003; 290(12): p. 1617-1623.

Kelly D, Kutney-Lee A, Lake ET, Aikne LH. The Critical Care Work Environment And Nurse-Reported Health Care-Associated Infections. American Journal Critical Care. 2013; 22(6): p. 482-8.

Cowden C, Mwananyanda L, Hamer DH, Coffin SE, Kapasa ML, Machona S, Szymczak JE. Healthcare worker perceptions of the implementation context surrounding an infection prevention intervention in a Zambian neonatal intensive care unit. BMC Pediatrics, 2020; 20(1), 1-9.

Zaha DC, Kiss R, Hegedűs C, Gesztelyi R, Bombicz M, Muresan M, Pallag A, Zrinyi M, Pall D, Vesa CM, Micle O. Recent advances in investigation, prevention, and management of healthcare-associated infections (HAIs): Resistant multidrug strain colonization and its risk factors in an Intensive Care Unit of a University Hospital. BioMed research international, vol. 2019, Article ID 2510875, 9 pages, 2019. https://doi.org/10.1155/2019/2510875

Aiken LH, Clarke SP, Sloane DM, Sochalski J, Silber JH. Hospital nursing staff and patient mortality, nurse burnout and job dissatisfaction. Journal of American Medical Association (JAMA). 2002; 288(16): p. 1987-1993.

Shang J, Needleman J, Liu J, Larson E, Stone P. Nurse staffing and healthcare-associated infection, Unit-Level analysis. JONA: The Journal of Nursing Administration. 2019; 49(5): p. 260-265.

Barry M, Alhadlaq G, Alsergani R, Almana R, Alshabib N, Altheeb N. Knowledge and attitudes toward preventing hospital-acquired infections among nurses and residents at a university hospital. Journal of Nature and Science of Medicine. 2020.

World Health Organization. Nurses and midwives critical for infection prevention and control. ; 2020. Report No.: WHO/UHL/HIS/2020.6.

Valdano E, Poletto C, Boelle PY, Colizza V. Reorganization of nurse scheduling reduces the risk of healthcare associated infections. medRxiv. 2019.

Publicado
2021-03-15
Como Citar
1.
Torres I, da Fonseca CL, Soares C, Barbosa AC. Indicadores de infecção relacionados à assistência à saúde – Estudo de uma Unidade de Terapia Intensiva em Minas Gerais, Brasil. ihmt [Internet]. 15Mar.2021 [citado 3Jun.2024];20:55-4. Available from: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/373