Testes Point-of-Care, perspetiva da medicina laboratorial

  • Ana Paula Azevedo Diretora do Serviço de Patologia Clínica, CHLO; Assistente Graduada Hospitalar; Laboratório de Hematologia/Laboratório de Urgência; Serviço de Patologia Clínica, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE; Professora Auxiliar Convidada, NMS-FCM; Unidade Curricular de Medicina Laboratorial, Mestrado Integrado em Medicina; Investigadora, NMS-FCM; Centre for Toxicogenomics and Human Health (ToxOmics), Genetics, Oncology and Human Toxicology; NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Cuidados de saúde, dispositivos médicos, diagnóstico rápido, portabilidade

Resumo

Um dos métodos mais eficazes no diagnóstico rápido em cuidados de saúde são os dispositivos Point-of-Care (POCT), cujo potencial tem vindo a ser altamente explorado em termos de segurança e qualidade, com vista a um melhor desempenho e aplicabilidade, sobretudo ao nível da prevenção, diagnóstico, tratamento e monitorização dos doentes. São vários os tipos de dispositivos existentes, com distintos níveis de complexidade e portabilidade, inseridos em diversas áreas e baseados em metodologias e procedimentos diferentes, permitindo a análise de inúmeros parâmetros. Os POCT permitem analisar produtos biológicos de fácil obtenção e são de grande utilidade em situações de emergência, em consultórios médicos e em zonas geográficas remotas, pobres e de difícil acesso, com recursos médicos limitados. Embora mais dispendiosos, estão associados a uma racionalização dos cuidados de saúde, permitindo a obtenção de resultados em tempo real, à cabeceira do doente e de forma imediata, diminuição no tempo de decisão terapêutica e melhoria dos cuidados prestados. No entanto, a sua utilização também está associada a riscos, comprometendo por vezes o seu desempenho, a qualidade dos resultados obtidos e a segurança do doente. Os POCT estão sujeitos a avaliação e aprovação nos diferentes países, de forma a garantir o cumprimento da regulamentação e das normas de segurança e a certificar a qualidade dos resultados. O laboratório assume um papel preponderante na sua seleção, feita com base no desempenho e nas necessidades clínicas, sendo fundamental a organização dos planos de formação contínua dos seus utilizadores, o seguimento dos protocolos instituídos e a participação em Programas de Avaliação Externa da Qualidade. Idealmente os POCT deverão contribuir para uma medicina personalizada e para a deteção e diagnóstico mais precoces das doenças, não pretendendo substituir os testes laborato-riais complexos e especializados efetuados nos laboratórios centrais, mas sim complementá-los.

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Biografia Autor

Ana Paula Azevedo, Diretora do Serviço de Patologia Clínica, CHLO; Assistente Graduada Hospitalar; Laboratório de Hematologia/Laboratório de Urgência; Serviço de Patologia Clínica, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE; Professora Auxiliar Convidada, NMS-FCM; Unidade Curricular de Medicina Laboratorial, Mestrado Integrado em Medicina; Investigadora, NMS-FCM; Centre for Toxicogenomics and Human Health (ToxOmics), Genetics, Oncology and Human Toxicology; NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal

 

 

Referências

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Publicado
2024-01-31
Como Citar
1.
Azevedo AP. Testes Point-of-Care, perspetiva da medicina laboratorial. ihmt [Internet]. 31Jan.2024 [citado 15Out.2024];22(2):50-3. Available from: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/456