Caracterização das cooperações técnicas no escritório de projetos da presidência da Fundação Oswaldo Cruz: a gestão de projetos da saúde em questão
Resumo
O Escritório de Projetos da Presidência da Fiocruz visa apoiar a contratualização e execução de cooperações técnicas (CTs) nacionais e internacionais, que estejam alinhados às diretrizes da Fiocruz e do Sistema Único de Saúde (SUS). Este artigo apresenta uma caracterização descritiva dos projetos geridos pelo EPP para conhecer quais os públicos, temáticas e fontes financiadoras. A análise foi conduzida por abordagens quantitativa e qualitativa, com aplicação de estatística simples de distribuição por categorias e tipologia de classificação dos CTs, conforme seus objetos e metas. Analisou-se 52 CTs vigentes no período de 2013 a setembro de 2018, sendo 90% financiadas pelo Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (FNS/MS) e 10% por outros órgãos. A Presidência da Fiocruz e outras duas Vice-Presidências agregam grande parte dos CTs gerenciadas pelo EPP. O estudo possibilitou a compreensão do sistema de ações para gestão de projetos. Verificou-se a variedade de informações produzidas, porém, pouco sistematizadas diante dos objetivos institucionais, sendo necessário uma maior aproximação entre o EPP, pesquisadores e gestores para o êxito do processo de gestão. A categorização evidenciou a necessidade de aperfeiçoamento da informação e comunicação dos projetos geridos pelo EPP, para melhor orientação na tomada de decisões.
Downloads
Referências
Hanney S, et al. The utilization of health research in policy-making: concepts, examples and methods of assessment. Health Research Policy and Systems 2003; 1(2). [Acesso em 15 de junho de 2017]. Disponível em: http://www.health-policy-systems.com/content/1/1/2.
Hartz ZMA, Denis JL, Moreira E, Matida A. From Knowledge to action: challenges and opportunities for increasing the use of evaluation in health promotion policies and practices. In: Mcqueen DV; Potvin L (org.). Health Promotion Evaluation Practices in the Americas: Values and Research. New York: Springer; 2008, p.101-20.
Elias FTS, Patroclo MA. Utilização de Pesquisas: Como Construir Modelos Teóricos Para Avaliação? Ciência & Saúde Coletiva 2004, 10(1): 215-227.
Innvaer S, Vist G, Trommald M, Oxman A. Health policymakers’ perception of their use of evidence: a systematic review. Journal of Health Services Research & Policy 2002, 7(4): 239-244.
Hanney S, Buxton M, Green C, Coulson D, Raftery J. An Assessment of the Impact of the NHS Health Technology Assessment Programme. Health Technology Assessment 2007, 11(53).
Grant J, Brutscher PB, Kirk SE, Butler L, Swooding S. Capturing Research Impacts. A Review of International Practice. RAND Europe, 2010 [Acesso em 12 de fevereiro de 2018]. Disponível em: https://www.rand.org/content/dam/rand/pubs/documented_briefings/2010/RAND_DB578.pdf
Fiocruz. Portaria da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz. 1070/2018-PR. Rio de Janeiro, 2018 [Acesso em 12 de maio de 2019]. Disponível em: http://www.portaria.fiocruz.br/Doc/P1070_2018.pdf
Alves RO, Costa HG, Quelhas OLG, da Silva LE, Pimentel LB. Best practices in project management office implementation: Development of success reference. Producao 2013, 23(3): 582-594.
Maximiano ACA, Anselmo JL. Escritório de gerenciamento de projetos: um estudo de caso. Revista de Administração 2006, 41(4): 394-403.
Dai CX, Wells WG. An exploration of project management office features and their relationship to project performance. International Journal of Project Management 2004, 22: 523-32.
Aubry M, Hobbs B, Thuillier D. A new framework for understanding organisational project management through the EGP. International Journal of Project Management 2007, 25(4): 328–336.
Ferrinho PDLGM, Hartz ZMA. Avaliação de desempenho dos sistemas de saúde: um contributo para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016. In: A Nova Saúde Pública - A Saúde Pública da Era do Conhecimento. Lisboa, Portugal: Gradiva. 2011. p. 58-79.
Reis AC, Santos EM, Arruda MR, Oliveira PT. Estudo exploratório dos modelos de avaliação de desempenho em saúde: uma apreciação da capacidade avaliativa. Saúde debate 2017, 41(n. Esp):330-344.
Barbalho SCM, Amaral DC, Kernbichler TS, Richter EH, Torres L. Breaking barriers to the project management office implementation in a small and high technology enterprise. Gestão e Produção, 16(3) : 2009, p. 435-49.
Brasil. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 507, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 [Acesso em 16 de maio de 2019]. Disponível em: http://portal.convenios.gov.br/images/docs/CGNOP/portarias/PORTARIA_INTERMINISTERIAL_
No_507-24_NOVEMBRO_2011.pdf
Brasil. DECRETO Nº 8.180, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013 [Acesso em 16 de maio de 2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/D8180.htm
Cruz MM, Figueiro AC, Kabad JF, Vitorino SAS, Abreu MA, Santos MA, Reis JG, Hartz ZM. A. Avaliação do desempenho e gestão do conhecimento no Escritório de Projetos da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz. Anais Do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, v. 17, p. 17-30, 2019.
Cicero JR, De Souza CG. Caracterização e indicadores dos projetos de pesquisa do Instituto Nacional de Tecnologia. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão 2014, 9 (4): 430-440.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.