Big Data para a investigação em saúde e a ciência aberta: um contributo para a gestão do conhecimento

  • Jorge Magalhães Investigador em Saúde Pública, Núcleo de Inovação Tecnológica de Farmanguinhos– NIT FAR. Coordenador Mestrado Gestão, P&D na Indústria Farmacêutica. Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Ministério da Saúde do Brasil.
  • Zulmira Hartz Professora catedrática convidada de Avaliação em Saúde; Global Health and Tropical Medicine, GHTM, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, IHMT, Universidade Nova de Lisboa, UNL, Lisboa, Portugal
  • Maria do Rosário O Martins Professora catedrática; GHTM, Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Global Health and Tropical Medicine, GHTM, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, IHMT, Universidade Nova de Lisboa, UNL, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Big Data em Saúde, web 2.0, ciência aberta, gestão do conhecimento, translação do conhecimento

Resumo

Este trabalho visa contribuir para a reflexão, em tempos de grandes volumes de dados a transitar na web diariamente, sobre a questão da saúde pública global e, no mesmo sentido, conjeturar o potencial da ciência aberta para a investigação científica e o contexto da sua complexidade na gestão do conhecimento. O volume de dados disponíveis ultrapassa 2,5 x 1018 bytes novos/ dia na web. Esses dados apresentam-se nas mais variadas formas, como vídeos, fotos, artigos, relatórios etc. Assim, é necessário aferir a veracidade e valor dos mesmos para a correta tomada de decisão. Considerando que cerca de 43% dos dados são relativos à Saúde e que cerca de um milhão de artigos científicos publicados ao ano são da área da saúde, é mister pensar modelos não triviais para resolver problemas da saúde local com foco global. Neste cenário, a inteligência colaborativa, movimentos web 2.0 e a Ciência Aberta, têm-se mostrado ferramentas essenciais para a solução de problemas das mazelas da humanidade e muitos mais ágeis do que a velha ciência fechada – grupos isolados sem partilhar os seus dados ou, quando compartilham, fazem-no a preços inacessíveis ao mundo em desenvolvimento ou subdesenvolvido. Portanto, sem esgotar o assunto, espera-se contribuir na importância da perceção do valor da informação para a área de saúde pública global, com uso de ferramentas e informações de acesso livre para a construção de uma ciência aberta e acessível a toda humanidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. ALEIXO, J. A., & DUARTE, P. (2015). BIG DATA OPPORTUNITIES IN
HEALTHCARE. HOW CAN MEDICAL AFFAIRS CONTRIBUTE? Revista
Portuguesa de Farmacoterapia, 7, 230–236.
2. Bembem, A. H. C., & Santos, P. L. V. A. da C. (2013). Inteligência coletiva:
um olhar sobre a produção de Pierre Lévy. Perspectivas Em Ciência Da Informação,
18(4), 139–151. http://doi.org/10.1590/S1413-99362013000400010
3. Berlinguer, G. (1999). Globalização e saúde global. Estudos Avançados,
13(35), 21–38. http://doi.org/10.1590/S0103-40141999000100003
4. Big data: The next frontier for innovation, competition, and productivity
| McKinsey Global Institute | Technology & Innovation | McKinsey & Company.
(15:19:59). Recuperado 7 de março de 2013, de http://www.mckinsey.
com/insights/mgi/research/technology_and_innovation/big_data_the_
next_frontier_for_innovation
5. Bonabeau, E. (2009). Decisions 2.0: The Power of Collective Intelligence.
MIT Sloan Management Review, 45–52.
6. Bozorgmehr, K. (2010). Rethinking the “global” in global health: a dialectic
approach. Globalization and Health, 6, 19. http://doi.org/10.1186/1744-
8603-6-19
7. Burke, R. R. (1991). Reasoning with empirical marketing knowledge.
International Journal of Research in Marketing, 8(1), 75–90. http://doi.
org/10.1016/0167-8116(91)90008-U
8. Buse, K., & Waxman, A. (2001). Public-private health partnerships: a
strategy for WHO. Bulletin of the World Health Organization, 79(8), 748–754.
http://doi.org/10.1590/S0042-96862001000800011
9. Cattell, J., Chilukuri, S., & Levy, M. ([s.d.]). How big data can revolutionize
pharmaceutical R&D | McKinsey & Company. Recuperado 24 de agosto
de 2016, de http://www.mckinsey.com/industries/pharmaceuticals-and-
-medical-products/our-insights/how-big-data-can-revolutionize-pharmaceutical-
r-and-d
10. Celadon, K. L. (2014). Knowledge Integration and Open Innovation in
the Brazilian Cosmetics Industry. Journal of Technology Management & Innovation,
9(3), 34–50. http://doi.org/10.4067/S0718-27242014000300003
11. Chaifetz, S., Chokshi, D. A., Rajkumar, R., Scales, D., & Benkler, Y. (2007).
Closing the access gap for health innovations: an open licensing proposal for
universities. Globalization and Health, 3(1), 1. http://doi.org/10.1186/1744-
8603-3-1
12. Chiavegatto Filho, A. D. P. (2015). Uso de big data em saúde no Brasil:
perspectivas para um futuro próximo. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 24(2),
325–332. http://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200015
13. Collective intelligence. (2016, agosto 2). In Wikipedia, the free encyclopedia.
Recuperado de https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Collective_
intelligence&oldid=732642532
14. David, P. A. (2004). Understanding the emergence of “open science” institutions:
functionalist economics in historical context. Industrial and Corporate
Change, 13(4), 571–589. http://doi.org/10.1093/icc/dth023
15. Errington, T. M., Iorns, E., Gunn, W., Tan, F. E., Lomax, J., & Nosek,
B. A. (2014). An open investigation of the reproducibility of cancer biology
research. eLife, 3, e04333. http://doi.org/10.7554/eLife.04333
16. EU Bookshop. (2016). Open innovation, open science, open to the world - Research
policy and organisation - EU Bookshop. Recuperado de http://bookshop.europa.
eu/en/open-innovation-open-science-open-to-the-world-pbKI0416263/
17. Fortes, P. A. de C., & Ribeiro, H. (2014). Saúde Global em tempos de
globalização. Saúde E Sociedade, 23(2), 366–375. http://doi.org/10.1590/
S0104-12902014000200002
18. Gray, J. and Chambers, L. and Bounegru, L., The Data Journalism Handbook,
O’Reilly Media, 2012 - InfoVis:Wiki. ([s.d.]). Recuperado 6 de março
de 2014, de http://www.infovis-wiki.net/index.php?title=Gray,_J._
and_Chambers,_L._and_Bounegru,_L.,_The_Data_Jour nalism_
Handbook,_O%27Reilly_Media,_2012
19. Haines, A., McMichael, A. J., Smith, K. R., Roberts, I., Woodcock, J.,
Markandya, A., … Wilkinson, P. (2009). Public health benefits of strategies
to reduce greenhouse-gas emissions: overview and implications for policy
makers. The Lancet, 374(9707), 2104–2114. http://doi.org/10.1016/S0140-
6736(09)61759-1
20. Hartz, Z. M. A. (2012). Meta-evaluation of health management: Challenges
for “new public health”. Ciencia E Saude Coletiva, 17(4), 832–834. http://
doi.org/10.1590/S1413-81232012000400004
21. Humbert, M. (2003). Globalization and glocalization: problems for developing
countries and policy (supranational, national and subnational) implications. In Cassiolato,
J. E., Lastres, H.M.M. and Maciel, M.L. (eds). Systems of Innovation and Development.
Cheltenham, UK: EE Elgar. Recuperado de https://www.e-elgar.com/
shop/systems-of-innovation-and-development?___website=uk_warehouse
22. Koplan, J. P., Bond, T. C., Merson, M. H., Reddy, K. S., Rodriguez, M. H.,
Sewankambo, N. K., … Consortium of Universities for Global Health Executive
Board. (2009). Towards a common definition of global health. Lancet
(London, England), 373(9679), 1993–1995. http://doi.org/10.1016/S0140-
6736(09)60332-9
23. Laney, D. (2001). 3D Data Management: Controlling Data Volume, Velocity, and
Variety (Application Delivery Strategies) (p. 4). Recuperado de http://blogs.
gartner.com/doug-laney/files/2012/01/ad949-3D-Data-Management-Controlling-
Data-Volume-Velocity-and-Variety.pdf
24. Magalhães, J., Bastos, A. C., & Barroso, W. (2016). Cenário Global e Glocal
das Tendências Científicas e Tecnológicas em Diabetes: Uma Abordagem
do Big Data em Saúde no Século 21. Revista Gestão em Sistemas de Saúde, 5(1),
1–14. http://doi.org/10.5585/rgss.v5i1.191
25. Magalhães, J. L., & Quoniam, L. (2013). Perception of the Information
Value for Public Health: A Case Study for Neglected Diseases: Library and
Information Science Book Chapter | IGI Global. In Rethinkin the Conceptual
Base for New Practical Applications in Information Value and Quality (p. 345). IGI
Global. Recuperado de http://www.igi-global.com/chapter/perception-
-information-value-public-health/84218
26. Magalhaes, JL, & Quoniam, L. (2015). Perceção do valor da informação
por meio da inteligência competitiva 2.0 e do Big Data na saúde. In Análise da
Informação para Tomada de Decisão: desafios e soluções (Vol. 1, p. 365). Brasil: Kira
Tarapanoff (Org.).
27. McKinsey Global Institute. (2011). Big Data: The Management Revolution
- Harvard Business Review. Recuperado de http://hbr.org/2012/10/big-data-
-the-management-revolution/ar/1
28. Michelino, F., Cammarano, A., Lamberti, E., & Caputo, M. (2015).
Knowledge Domains, Technological Strategies and Open Innovation. Journal
of Technology Management & Innovation, 10(2), 50–78.
29. Minelli, M., Chambers, M., & Dhiraj, A. (2013). Big Data, Big Analytics. EUA:
John Wiey & Sons, Inc. Recuperado de https://books.google.com.br/books/
about/Big_Data_Big_Analytics.html?hl=pt-BR&id=Mg3WvT8uHV4C
30. Molloy, J. C. (2011). The Open Knowledge Foundation: Open Data Means
Better Science. PLOS Biol, 9(12), e1001195. http://doi.org/10.1371/journal.
pbio.1001195
31. Nakayama, K., Ito, M., Hara, T., & Nishio, S. (2008). Wikipedia Mining
for Huge Scale Japanese Association Thesaurus Construction (p. 1150–1155).
IEEE. http://doi.org/10.1109/WAINA.2008.37
32. Nature News. (2016). The ups and downs of data sharing in science. Nature,
534(7608), 435–436. http://doi.org/10.1038/534435b
33. Nova Spivack. (2013). Articles | Nova Spivack - Minding the Planet. Recuperado
28 de janeiro de 2013, de http://www.novaspivack.com/articles
34. O’Reilly, T. (2007a). What is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for
the Next Generation of Software (SSRN Scholarly Paper No. ID 1008839). Rochester,
NY: Social Science Research Network. Recuperado de http://papers.
ssrn.com/abstract=1008839
35. O’Reilly, T. (2007b). What is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for
the Next Generation of Software (SSRN Scholarly Paper No. ID 1008839). Rochester,
NY: Social Science Research Network. Recuperado de http://papers.
ssrn.com/abstract=1008839
36. Pinheiro, L. V. R. (2014). Do acesso livre à ciência aberta: conceitos e
implicações na comunicação científica. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação
& Inovação em Saúde, 8(2). http://doi.org/10.3395/reciis.v8i2.629
37. Pordes, R., Petravick, D., Kramer, B., Olson, D., Livny, M., Roy, A., …
Quick, R. (2007). The open science grid. Journal of Physics: Conference Series,
78(1), 12057. http://doi.org/10.1088/1742-6596/78/1/012057
38. Quoniam, L, Lucien, A. (2010). Intelligence compétitive 2.0 : organisation, innovation
et territoire. France: Librairie Lavoisier. Recuperado de http://www.
lavoisier.fr/livre/notice.asp?ouvrage=2139418&pos=8
39. Raghupathi, W., & Raghupathi, V. (2014). Big data analytics in healthcare:
promise and potential. Health Information Science and Systems, 2. http://doi.
org/10.1186/2047-2501-2-3
40. Resolução Conselho de Ministros. Resolução do Conselho de Ministros
n.o 20/2016 – Diário da República n.o 70/2016, Série I de 2016-04-11, Série
I de 2016-04-11 (2016). Recuperado de http://legislacaoportuguesa.
com/resolucao-do-conselho-de-ministros-n-o-202016-diario-da-republica-
-n-o-702016-serie-i-de-2016-04-11/
41. The Global Alliance for Genomics and Health. (2016). A federated ecosystem
for sharing genomic, clinical data. Science, 352(6291), 1278–1280.
http://doi.org/10.1126/science.aaf6162
42. The White House. (2016). Big Data: A Report on Algorithmic Systems, Opportunity,
and Civil Rights (p. 29). EUA. Recuperado de https://www.whitehouse.
gov/sites/default/files/microsites/ostp/2016_0504_data_discrimination.
pdf
43. Trigo, M. R., Gouveia, L. B., Quoniam, L., & Riccio, E. L. (2007). Using
competitive intelligence as a strategic tool in a higher education context. (D. Remenyi,
Org.). Nr Reading: Academic Conferences Ltd.
44. Vance, K., Howe, W., & Dellavalle, R. P. (2009). Social Internet Sites as
a Source of Public Health Information. Dermatologic Clinics, 27(2), 133–136.
http://doi.org/10.1016/j.det.2008.11.010
45. WikiEdu. (2016). The Year of Science spreads to Brazil – Wiki Education
Foundation. Recuperado 25 de agosto de 2016, de https://wikiedu.org/
blog/2016/08/02/brazil-year-of-science/
Publicado
2018-08-28
Como Citar
1.
Magalhães J, Hartz Z, O Martins M do R. Big Data para a investigação em saúde e a ciência aberta: um contributo para a gestão do conhecimento. ihmt [Internet]. 28Ago.2018 [citado 17Jul.2024];15:75-2. Available from: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/130

Artigos mais lidos pelo mesmo (s) autor (es)